Na manhã desta terça-feira (17), a RedeTV! organizou um evento que ganhou destaque devido a uma curiosa medida: as cadeiras foram parafusadas no local. A decisão veio após o incidente ocorrido no último domingo durante o debate na TV Cultura, quando o apresentador José Luiz Datena atingiu o candidato Marçal em um momento de tensão.
O primeiro bloco do evento foi marcado por constantes pedidos de direito de resposta por parte dos participantes, com poucos avanços em propostas concretas para a cidade. A falta de conteúdo propositivo deixou o público esperando mais discussões produtivas sobre o futuro da capital.
Debate pela Prefeitura de São Paulo é marcado por confrontos e clima tenso
Na manhã desta terça-feira (17), a RedeTV! e o portal UOL promoveram um debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo. O evento foi dominado por discussões acaloradas, trocas de acusações e frequentes pedidos de direito de resposta. O debate começou às 10h20, já em um ambiente de tensão, resultado do embate anterior entre José Luiz Datena e Pablo Marçal (PRTB), ocorrido no domingo (15), durante o debate na TV Cultura.
O incidente anterior, em que Datena atingiu Marçal com uma cadeira, voltou a ser pauta nesta terça-feira. Durante o debate, Marçal criticou o comportamento de Datena, afirmando que o apresentador agiu de forma “análogo a um orangotango”. Ele ainda acusou Datena de tentar atacá-lo fisicamente.
“No último debate, eu estava encerrando minha fala e afirmei que Datena não é homem. Hoje, reafirmo: ele é um agressor. As cadeiras aqui foram parafusadas no chão justamente porque ele se comportou de maneira inaceitável, semelhante a um orangotango, numa tentativa de me agredir”, disse Marçal.
Datena solicitou direito de resposta e, embora reconhecesse o incidente, declarou que apenas reagiu para proteger sua família. Ele também provocou Marçal, dizendo que “não baterá duas vezes em um covarde”.
Após o confronto verbal entre os dois, o debate foi temporariamente interrompido por uma discussão intensa entre Ricardo Nunes (MDB) e Marçal. Em meio à troca de farpas, a moderadora precisou intervir para que o debate não saísse do controle. Durante o evento, Marçal se recusou a usar os nomes dos adversários, preferindo apelidos provocativos. Em uma das perguntas, ele se referiu a Nunes como “Bananinha” e o questionou sobre uma acusação de violência doméstica, tornada pública em 2020 pela Folha de S. Paulo.
Por sua vez, Nunes também seguiu uma estratégia de ataque, mencionando a condenação de Marçal, em primeira instância, por envolvimento em um caso de furto qualificado, relacionado à Operação Pégasus, deflagrada pela Polícia Federal em 2005.